Universidade de Coimbra inaugura exposições sobre Indústria Gráfica e Associativismo
As exposições, que estão patentes até 27 de fevereiro no Piso Intermédio da Biblioteca Joanina e na Sala do Catalogo da Biblioteca Geral da UC, destacam a relevância da impressão e o legado histórico do movimento gráfico em Portugal
A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) e a Biblioteca Joanina acolheram, no dia 3 de fevereiro de 2025, a inauguração de duas exposições organizadas pela APIGRAF – Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas, de Embalagem e de Comunicação Digital. As mostras "Indústria Gráfica – Impressões que Permanecem" e "O Movimento Associativo dos Industriais Gráficos – Fragmentos de uma História" estão abertas ao público até 27 de fevereiro, proporcionando uma imersão na impressão e na evolução do setor gráfico em Portugal.
O Vice-Reitor da Universidade de Coimbra (UC), Delfim Leão, destacou a importância da indústria gráfica na preservação do conhecimento e da memória. "Há uma coisa que a indústria gráfica nos dá, muito melhor do que os materiais digitais, que é a garantia de permanência, uma forma de escapar à efemeridade. Eu guardo, com tanto carinho, as provas do primeiro artigo que publiquei, feito ainda em tipografia, porque representam o momento em que eu ganhava uma pontinha de imortalidade", afirmou.
A exposição "Indústria Gráfica – Impressões que Permanecem", instalada na BGUC, destaca a importância das artes e indústrias gráficas na comunicação e qualidade de vida da sociedade moderna. Já a mostra "O Movimento Associativo dos Industriais Gráficos – Fragmentos de uma História", patente na Biblioteca Joanina, percorre os 170 anos da história do associativismo gráfico em Portugal, desde a fundação das primeiras associações tipográficas no século XIX até a criação da atual APIGRAF.
"A indústria gráfica, para além das publicações, está omnipresente em todos os processos de comunicação da nossa sociedade. De facto, não há nenhuma área em que a produção gráfica não esteja presente", sublinha o diretor da BGUC, Manuel Portela, sobre a relevância da indústria gráfica que vai além dos livros.
José Manuel Lopes de Castro, presidente da APIGRAF, enfatizou o legado e a modernização do setor. "A indústria gráfica começou com o livro, a luz do conhecimento moderno, e hoje se expande para uma variedade de objetos impressos nos mais diversos suportes, sempre inovando e acompanhando as transformações tecnológicas", afirmou.
"Esta é uma atividade que abraçou, há muito, as tecnologias digitais, a inovação e, não menos importante, a sustentabilidade ambiental. O setor evolui em harmonia com o progresso e a civilização, refletindo a constante adaptação às exigências contemporâneas", conclui José Manuel Lopes de Castro.
As exposições, que têm entrada gratuita, oferecem ao público uma oportunidade de compreender o impacto da indústria gráfica no quotidiano e sua relevância histórica e tecnológica.
A exposição "Indústria Gráfica – Impressões que Permanecem" pode ser visitada na Sala do Catálogo da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 22h00. Já a visita à mostra "O Movimento Associativo dos Industriais Gráficos – Fragmentos de uma História", patente na Biblioteca Joanina, decorre de segunda a sexta-feira, das 10h30 às 11h30 e das 15h30 às 16h30, sendo necessária marcação prévia através do contato: 239 247 289.