SCUC 2025 - Tsugi
Tsugi, um espetáculo de dança que apresenta a poesia do corpo em movimento, sobe ao palco do Grande Auditório do Convento de São Francisco a 16 de março pelas 17 horas.
A palavra Tsugi vem do japonês e significa conectar, unir. No dia 16 de março, às 17 horas, o Grande Auditório do Convento de São Francisco recebe Tsugi, um espetáculo de dança contemporânea que desafia a perceção do corpo e do envelhecimento. Inserido na XXVII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, o projeto reúne 80 participantes de diferentes idades e experiências de vida, numa celebração do movimento, da diversidade e da passagem do tempo.
O nome Tsugi deriva de Kintsugi, a arte japonesa de reparar objetos de cerâmica quebrados com liga dourada, tornando as suas fissuras parte da sua beleza. A metáfora inspira o espetáculo, que propõe uma reflexão sobre a vida, as marcas do tempo e a identidade do corpo. “Todos os corpos que envelhecem, que perdem as capacidades, são reparados na sua autonomia, na sua beleza e na sua poesia”, sublinha a diretora do espetáculo e responsável pelo coletivo Há Baixa, Catarina Pires.
Para a responsável, a adesão ao projeto surpreendeu desde o início. “Temos 80 pessoas em palco, de diferentes gerações: com mais de 50 anos, de 40 anos e até de 16 anos. Esse fator é muito importante para nós e também muito motivador e acho que isso acaba por atrair muito o público, porque cada uma destas pessoas representa muitas famílias”, destaca.
O espetáculo é uma iniciativa do coletivo Há Baixa, com apoio da Fundação GDA e da Universidade de Coimbra, e promete uma apresentação emocionante que une arte, comunidade e inclusão. Para Catarina Pires, a oportunidade de pisar o palco do Convento de São Francisco é também um fator essencial para os participantes: “É um desafio grande para as pessoas e eu acho que elas gostam de tentar e fazer. E isso é muito bom termos o auditório disponível para todos nós.”
Além de ser uma experiência transformadora para os participantes, Tsugi também desafia o público a refletir sobre a passagem do tempo e o envelhecimento. “O projeto lança esse desafio ao público: pensar a questão da nossa experiência de vida individual e da forma como vivemos em comunidade, em coletivo. Como é que o envelhecimento atravessa as nossas vidas, as nossas vivências, a nossa identidade”, questiona Rafael Alvarez.
O espetáculo, dirigido artisticamente pelo coreógrafo Rafael Alvarez, já foi apresentado no Porto, Paris e Faro, mas ganha uma nova identidade em cada local. “O projeto lança um desafio a diferentes participantes, com ou sem formação anterior em dança contemporânea. O objetivo é criar um espaço de encontro onde pessoas de diferentes tempos de vida possam expressar-se e comunicar através do corpo”, explica o diretor artístico.
Com uma abordagem artística que valoriza o cruzamento de experiências, Tsugi não é apenas um espetáculo de dança, mas sim uma viagem coletiva que transforma corpos e histórias em poesia em movimento.
Tsugi
- Espetáculo Dança
- Grande Auditório do Convento São Francisco
TSUGI” (do japonês: conectar, unir) são corpos de in-experiência, coragem, resiliência e ação, são corpos de conexão. Celebram o desenrolar dos diferentes tempos da vida e a poesia dos corpos em movimento. Esta iniciativa parte do diálogo criativo entre o coreógrafo Rafael Alvarez, duas bailarinas profissionais, um compositor e um grupo de cerca de cinquenta artistas não profissionais - estudantes de dança, as intérpretes, Beatriz Marques Dias e Noeli Kikuchi e pessoas com mais 50 anos - para a criação de um espetáculo de dança contemporânea.
Com TSUGI celebramos a experiência de vida, a dança e a poesia dos corpos em movimento num projecto inovador de arte comunitária, encontro intergeracional e envelhecimento criativo.
Espectáculo integrado na XVII Semana Cultural da UC e no Festival Abril Dança Coimbra.
- Associação Há Baixa
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Bilhetes disponíveis na bilheteira do Convento São Francisco